Jornalista relata experiência da Hipnose Condicionativa
Higienização Mental 2
Nesta 2ª parte da conversa com o Dr. Carlos Amaral iremos saber um pouco mais sobre a Hipnose Condicionativa que é o método utilizado para a terapia de Higienização Mental.
A Hipnose Condicionativa descoberta nos anos 80 pelo terapeuta brasileiro Luiz Carlos Crozera, que em breve estará aqui no Sapo Zen, é um dos 3 tipos de hipnose clínica sendo a linha mais recente.
Utilizando técnicas de condicionamento mental, este tipo de hipnose não trabalha com sugestões nem metáforas que são utilizadas na hipnose ericksoniana.
A Hipnose Condicionativa trabalha o bloqueio directo do emocional negativo, através do rastreamento da memória do paciente do momento presente até ao período da sua gestação, sem no entanto haver a necessidade de investigar a sua vida.. Este fica passivo durante o tratamento e não fala com o terapeuta durante a sessão. O bloqueio é feito para todas as situações de medos, traumas, fobias, síndromes e abalos emocionais.
Na Hipnose Condicionativa não é necessário reviver as situações negativas e traumáticas ao contrário do que é feito em técnicas como a sofrologia. São criados mecanismos chamados gatilhos mentais condicionados aos sentidos de percepção e condicionamentos .
Com resultados rápidos e muito positivos, este tipo de hipnose clínica pode ser utilizado como terapêutica para o tratamento de situações de: depressão, stress, ansiedade, insónia, fobias, traumas, gagueira, concentração de memória, dependências, doenças psicossomáticas, obesidade, etc.
Durante a terapia o paciente é levado a um estado de relaxamento profundo que o coloca num estado de sono terapêutico e onde todas as suas reacções são observadas pelo terapeuta que irá criar os tais gatilhos mentais.
Da minha parte posso dar o testemunho pois para preparar-me para as entrevistas que fiz ao Dr Carlos Amaral e posteriormente ao Prof. Luiz Carlos Crozera submeti-me a uma sessão de hipnose condicionativa. Realmente por mais que tentasse entender na teoria, a utilização prática deu-me uma perspectiva bem mais real. Apesar de não estar a procura de tratamento para nenhum problema em concreto, fiquei mesmo surpreendida ao ver como a “coisa” funciona. E que funciona mesmo!!!
Assim, de vez em quando, em situações tão comuns como as do stress do dia a dia, apercebo-me de que os “tais gatilhos mentais” disparam automaticamente e agem directamente sobre o mental, o emocional e por conseguinte no físico. Pude então perceber como este método pode e deve ser usado não só como terapia mas como uma forma de desenvolvimento pessoal. Aliás, por isso mesmo é que vem sendo cada vez mais utilizada por pessoas como atletas e altos executivos como forma de potenciar e dirigir as suas capacidades além de conseguirem gerir muito melhor as situações que surgem nas suas vidas profissionais.
Além de tudo, o mais impressionante é a rapidez dos resultados obtidos, pois estamos a falar de tratamentos que em média duram de 4 a 5 sessões.
Enfim, penso que posso dizer que este tipo de terapia descondiciona o negativo e condiciona o positivo sem a chatice de ter que reviver o que já nos fez sofrer.
È caso para se dizer que é uma forma de “arrumar” com os problemas de uma vez por todas!
Heloisa Miranda
sapozen@sapo.pt